Quando perdemos alguém que amamos de forma abrupta, dentro de nós há uma mistura de sentimentos, entender como isso se deu se torna importante para que possamos seguir em frente com mais serenidade, Por vezes entretanto, a causa mortis consta como indeterminada o que traz ainda mais inquietação.
A declaração de óbito é um documento essencial para que possa ocorrer o sepultamento, pode ser expedida pelo médico que atendia o paciente durante sua patologia, em consultórios ou hospitais, pelo patologista, legista, pelo plantonista das emergências ou até mesmo pelo secretário de saúde.Os atestados de óbito contém uma via que é enviada ao serviço de Saúde Pública para que haja um maior entendimento das causas de morte e possíveis políticas de prevenção e tratamento, sejam elas naturais ou violentas.
Em casos onde os corpos são encontrados no domicílio, há uma investigação preliminar a procura de indícios de um crime, como vestígios de luta ou substâncias que poderiam ter causado o óbito. Quando não há indício de violência, procura-se na necrópsia alguma anormalidade que possa determinar qual foi essa causa, o que nem sempre é possível. Nas cidades que dispõe de Serviço de Verificação de Óbito, são especializados em causas de morte natural, ou seja, patologias, e são realizadas por médicos patologistas e não legistas. Nas cidades onde esse serviço não está disponível, um médico da rede pública ou o secretário municipal de saúde em pequenas localidades emite essa declaração de óbito como causa indeterminada, uma vez que não dispõe de meios para comprovar a verdadeira causa do óbito.
Quando a morte natural, ou seja, como consequência das patologias existentes ou súbitas, ocorre no caminho em busca de socorro, ou logo após sua admissão no serviço de saúde, os médicos que ali estão não têm como diagnosticar a doença que o vitimou, então não é possível que seja colocada uma causa que mesmo a mais provável, não se tem confirmação.
Quando um paciente sente um mal estar como uma tontura, um ataque epilético ou até mesmo uma fraqueza, pode cair da própria altura o que geralmente resulta numa lesão, que pode ser um corte, uma escoriação ou hematoma localizado onde houve maior impacto ao tocar o solo, o que não significa que foi a causa do óbito. A presença de sangue saindo pelo nariz pode ser decorrente de pressão arterial elevada ou outras patologias. Nesses casos, não compete ao médico legista a realização da necrópsia.
Alguns casos que são enviados ao Instituto Médico Legal chegam como morte suspeita, ou seja, não se sabe se foi morte natural ou violenta. Durante a necrópsia procura-se qualquer indício que justifique o óbito, contudo, algumas vezes nada é encontrado, configurando portanto causa indeterminada. Nesses casos nem mesmo é possível determinar se houve ou não um homicídio.
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